Novo Grupo de Estudos no IEA-USP | Ci.CRESS: “Ciência, Crença, Sentido e Saúde”

Em julho de 2020 foi aprovada a criação do Grupo de Estudos Ci.CRESS: “Ciência, Crença, Sentido e Saúde”, coordenado pelo Prof. Wellington Zangari e pelo Prof. Paulo Saldiva, no Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP). O Ci.Cress é apoiado pelo InterPsi – Laboratório de Estudos Psicossociais “crença, subjetividade, cultura & saúde, lotado no Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, coordenado pelo Prof. Wellington Zangari e pela Dra. Fatima Regina Machado.

Para uma apresentação breve, leia a matéria publicada no site do IEA-USP: http://www.iea.usp.br/noticias/crencas-sentido-da-vida-e-saude

1.   Objetivos

Objetivo geral: promover o diálogo interdepartamental, interdisciplinar e interinstitucional a respeito das relações entre ciência, sistemas de crenças, sentido de vida e saúde em tempos de impermanências visando fomentar um debate que permita o desenvolvimento de princípios e parâmetros para a criação de um Centro e/ou um programa de pós-graduação nessa temática na Universidade de São Paulo.

1.1   Objetivos específicos:

  • Oportunizar o encontro e o debate entre pesquisadores da USP que têm com objeto de estudo, direta ou indiretamente, sistemas de crenças (religioso, filosófico, pseudocientífico, político ou outro);
  • Aproximar tais pesquisadores da USP a colegas de outras instituições com interesse congênere;
  • Fomentar o debate epistemológico, metodológico e interdisciplinar que permita avaliar o impacto da adoção dos diferentes sistemas de crenças e de práticas a elas ligadas sobre o sentido conferido à vida e sobre a promoção da saúde ou da doença;
  • Investigar, do ponto de vista empírico, a relação entre os sistemas de crenças e as representações de saúde e doença e suas implicações culturais, sociais, científicas, históricas, psicossociais, dentre outras;
  • Discutir as políticas públicas que tratam dessa temática, avaliando-as em função dos conhecimentos científicos disponíveis, propondo sugestões que objetivem seu desenvolvimento.

2.   Justificativa (abreviada)

A proposta do Grupo de Estudos Ci.CRESS nasceu da experiência dos primeiros 10 anos de estabelecimento do InterPsi – Laboratório de Estudos Psicossociais “crença, subjetividade, cultura & saúde (anteriormente denominado Inter Psi – Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais no IP-USP) lotado no Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, coordenado pelo Prof. Wellington Zangari e pela Dra. Fatima Regina Machado. Contribuiu, ainda, para esta proposta, a experiência acumulada nas atividades de pesquisa e na parceria do InterPsi com o LabPsiRel – Laboratório de Psicologia Social da Religão (também do Depto. de Psicologia Social e do Trabalho do IP-USP), coordenado pelo Prof. Geraldo José de Paiva e pelo Prof. Wellington Zangari. A avaliação das atividades de pesquisa, ensino e extensão realizadas no âmbito sobretudo do primeiro dos laboratórios mencionados ensejou o reconhecimento de vários fatos e de novos desafios a enfrentar.

  • Em primeiro lugar, tornou-se nítido que o objeto de estudo do laboratório não poderia ser alcançado em sua totalidade sem que fosse ampliado o espectro do fenômeno estudado, endereçando esforços para a compreensão de processos mais amplos. Objetivamente, reconheceu-se que as “crenças e experiências anômalas/religiosas” não podiam ser adequadamente investigadas sem a compreensão do fenômeno da crença per se. Uma avaliação retrospectiva dos estudos do laboratório permite verificar que, de modo sistemático, o tema da crença foi tomando lugar e corpo.
  • Em segundo lugar, tornou-se cada vez mais necessário recorrer a outras áreas de conhecimento na tentativa de discussão do fenômeno da crença dada sua complexidade e exigência pela interdisciplinaridade. A perspectiva psicológica e, mais especificamente, a psicossocial adotada pelo laboratório, ainda que fundamental, precisa ser realizada em diálogo com outras disciplinas e saberes.
  • Em terceiro lugar, o laboratório, que nasceu sem qualquer pretensão de atuação na área clínica, viu-se eticamente obrigado a responder à crescente demanda por ajuda psicológica por parte de indivíduos que sentem algum sofrimento derivado do que poderíamos chamar de “conflitos de crenças”. Para tentar dar conta dessa demanda, foi criado o Núcleo Clínico do InterPsi, que tem como objetivo o acolhimento e a escuta de pessoas com esse tipo de queixa. Enquadram-se aí desde pessoas que passam por experiências religiosas ou anômalas e que não conseguem integrá-las de modo coerente aos seus sistemas de crenças, até religiosos profissionais, das mais diferentes religiões e denominações, que entram em conflito ao contrastarem suas vidas religiosas (individuais) às suas vidas profissionais (coletivas) e perceberem incoerências entre o que
  • experienciam (individualmente) e o que se espera (socialmente) delas. É cada vez mais frequente nos estudos dos membros do laboratório e em sua atuação clínica, casos de ansiedade, depressão, tentativas de suicídio e suicídios nessa população. Isso acabou por ensejar a necessidade de o laboratório lidar com a questão da saúde.
  • Em quarto lugar, o contato com esses dados de pesquisa e com esses indivíduos nos levou diretamente à questão referida por eles como “perda de sentido para a vida”, “falta de sentido para a vida” e “falta de propósito em viver”. Por vezes, a falta ou perda de sentido/propósito para a vida encontra no auto-aniquilamento uma solução para a angústia e o sofrimento dela derivado.
  • Em quinto lugar, foi necessária uma compreensão de ordem macrossocial para a compreensão do fenômeno de sofrimento que estávamos acompanhando. Não se tratava de um fenômeno passível de ser compreendido à luz de uma avaliação intrapsíquica. Fatores históricos, culturais, econômicos, políticos, dentre outros, tiveram que ser trazidos à discussão para tornar menos obscuras as razões daquele sofrimento. Novamente, a necessidade de avaliação interdisciplinar foi imperiosa, necessária.

Considerando esses vários “acontecimentos”, ao final desses 10 anos do laboratório, encontramo-nos diante de vários desafios. O primeiro desafio é o de manter o laboratório dentro de seu escopo psicológico, ainda que buscando o diálogo com outras áreas, de modo a manter sua identidade. Por outro lado, há que se reconhecer a necessidade e a premência ética, científica e social, de alargamento da discussão para campos dos quais um único laboratório não pode dar conta. Este projeto nasce do reconhecimento de que é imprescindível convocar múltiplos olhares e múltiplos métodos visando compreender a complexa tríade “crença, sentido & saúde”. Tal tarefa exige ser realizada em ambiente necessariamente interdisciplinar e, sendo assim, encontra no Instituto de Estudos Avançados da USP seu lugar por excelência.

A USP deve se preparar para enfrentar tal desafio. Faz-se necessária uma articulação entre seus docentes/pesquisadores claramente devotados ao estudo de sistemas de crenças. Uma busca no Sistema Janus da USP utilizando os descritores “religião”, “religiosa”, “religioso” e “crença”, permite encontrar cerca de 60 (sessenta) disciplinas ministradas na pós-graduação. Aparentemente tais docentes têm trabalhado de forma independente uns dos outros e, em sua maioria, raramente mantêm alguma comunicação entre si. Faz-se necessária uma ação que, em primeiro lugar, procure aproximar tais docentes/pesquisadores, e também aqueles e aquelas que apesar de não ministrarem disciplinas nas áreas mencionadas, de dentro e de fora da USP, possam ter trabalhado em pesquisas ou que tenham interesse em investigar tal campo.

A criação do Grupo de Estudos “Ci.CRESS” justifica-se por ter como objeto de interesse uma área de fronteira que exige integração interdisciplinar, interdepartamental e interinstitucional que encontra no IEA seu apoio mais óbvio. Justifica-se ainda porque, dado seu caráter embrionário que demanda maturação de suas ações e propostas futuras, necessita de ambiente que viabilize seu desenvolvimento.

3.   Impactos científicos e sociais

A criação do Grupo de Estudos “Ci.CRESS” poderá trazer, a médio e longo prazos, desenvolvimentos tanto no âmbito do que se costuma chamar de “ciência pura” quanto de “ciência aplicada”. O impacto mais direto resultante da aproximação de colegas de disciplinas distintas diante do objeto de estudo do grupo deve ser o da colaboração interdisciplinar na leitura dos fenômenos envolvidos, de modo a resultar em produção científica (“pura”) com olhar mais abrangente e integrador. Em outras palavras, espera- se a publicação de trabalhos em coautoria que reflitam o diálogo “para além” do campo de origem de cada autor.

Ainda que o grupo não vise imediatamente iniciar atividades de caráter prático (o que ocorreria com a criação do “Centro Interunidades Ciência, Crenças, Sentido & Saúde”, ver abaixo), o produto da integração interdisciplinar poderá fundamentar potenciais ações de forte impacto social. Por exemplo, compreender como se dá a relação entre a adoção ou não de determinados sistemas de crenças pode nos ensinar muito a respeito da forma de compreender o sofrimento psíquico e como lidar com ele.

Pode-se, ainda, antever potenciais áreas de atuação permanente que envolvem a questão dos sistemas de crenças e dos sentidos e propósitos para a vida com significativo impacto social. Dentre essas, cabe destacar:

  • criação de protocolos clínicos específicos em que a crença, o sentido e o propósito de vida fossem levados em conta nas ações que visam à saúde integral;
  • necessidade de preparação de profissionais de saúde para lidarem com tal questão;
  • desenvolvimento de tratamentos não-medicamentosos. Como estamos diante de um sofrimento derivado de aspectos ligados à estrutura de crenças, valores e atitudes, faz-se necessária uma intervenção psicossocial e educativa, com ênfase em recursos que auxiliem na constituição individual de sentido e propósito para a vida. Nessa direção, propomos constituir duma “escola de sentido e propósito de vida”. Na USP, provavelmente formamos os melhores técnicos, mas não nos preocupamos como deveríamos com aspectos subjetivos fundamentais para a formação de indivíduos e cidadãos. Uma “escola de sentido” poderia ser instrumental, não apenas para estudantes, mas para a população em geral, na medida em que tivesse o objetivo de auxiliar na reflexão de como formamos nossa identidade, integramos conhecimento, organizamos nossas experiências em uma totalidade íntegra ou não, quais as consequências disso para nossa vida (psíquica, social e física) e o impacto disso em nossa saúde. A escola poderia auxiliar no desenvolvimento não apenas da reflexão, mas apetrechar os alunos a desenvolverem seus sentidos e propósitos a partir de estratégias práticas e supervisionadas;
  • ações de fomento a políticas públicas na área de saúde que lidassem com o sentido de vida. Ações como as mencionadas poderiam ter importante impacto sócio-epidemiológico no controle de fatores ligados aos sistemas de crenças que poderiam se correlacionar com a saúde física, mental e social;
  • desenvolvimento do pensamento crítico por meio de situações práticas em que as várias habilidades desse tipo de pensamento seriam estimuladas. Considerando-se “pensamento crítico” (definido por Parker & Moore em Critical Thinking, 2009) como a “determinação cuidadosa e deliberada sobre aceitar, rejeitar ou suspender o julgamento acerca de uma dada afirmação e o grau de confiança que alguém deve aceitar ou rejeitá-lo”, poder-se-ia realizar ações no sentido de promover atividades que levem à reflexão acerca de como nossas crenças, percepções e expectativas sobre a realidade estão atreladas a vieses cognitivos e a concepções nem sempre submetidas a crítica. Uma ação desse tipo já em teste com bons resultados, realizada por um dos grupos de estudo do proponente, é o da exposição dos participantes a situações reais de ilusão, produzidas por mágicos, e a consecutiva discussão de como processos cognitivos como percepção, memória, atenção e interpretação da realidade podem ser facilmente manipulados por certas ações e argumentos de convencimento. A concretude da experiência da “ilusão deliberada” produzida por mágicos pode ser ferramenta altamente significativa para demonstrar aos sujeitos que a vivenciam como os processos cognitivos mencionados funcionam sob determinadas condições. Como efeito dessa experiência espera-se que essas pessoas revejam o modo como têm aceitado, rejeitado ou suspendido o julgamento de afirmações;
  • quase como consequência ou derivação da ação anterior, poder-se-ia promover ações que levassem à reflexão acerca do engano e do autoengano e suas consequências. Nesse âmbito seriam discutidos criticamente, por exemplo, as pseudociências, os sistemas de crenças dogmáticos e as fakenews.

Ainda enquanto impacto esperado, reitera-se que a criação do Grupo de Estudos “Ci.CRESS” junto ao IEA visa ser um primeiro passo para a criação de um “Centro Interunidades Ciência, Crença, Sentido & Saúde” (nome provisório) na USP e de um Programa de Pós-Graduação na mesma área.

No que concerne à proposta de constituição de um programa de pós-graduação, cabe apresentar alguns dados que poderão servir para a discussão futura. Há, atualmente, 11 programas de pós-graduação na área de Ciências da Religião no Brasil, quatro dos quais em universidades públicas, as federais de Paraíba, Sergipe e Juiz de Fora e a estadual do Pará. Programas congêneres estão presentes em grandes universidades estrangeiras, como Harvard (EUA), Oxford (Inglaterra), Cambridge (Inglaterra), Yale (EUA), Duke (EUA), Princeton, Leuven (Bélgica), Eberhard Karls (Alemanha), Université Catholique de Louvain (Bélgica). Contudo, são Programas dedicados exclusivamente ao sistema de crenças religioso e, muitos deles, imprimem um enfoque eminentemente religioso em suas análises. Três aspectos difeririam o programa a ser estabelecido na USP:

  1. interesse por vários sistemas de crenças e não apenas o religioso;
  2. perspectiva secular dos fenômenos avaliados e;
  3. interesse também na relação entre os sistemas de crenças e a saúde.

Este último aspecto parece ser absolutamente único posto que permite intervenções de várias naturezas – médicas, psicológicas/psicossociais, educacionais – e multinível – tanto no tratamento como na prevenção de doenças. Note-se que há vários centros de pesquisa universitários com interesse direto na relação entre religiosidade/espiritualidade e saúde, em Faculdades de Medicina, de Psicologia, de Enfermagem. Inexiste, no entanto, um programa de pós-graduação no país que concentre os esforços interdisciplinares nessa área. Além disso, inexistem Programas com interesse em sistemas de crenças outros que a religião.

4.   Participantes

Como dentre os objetivos do grupo de estudos está a aproximação de docentes/pesquisadores na temática da área “ciência, sistemas de crenças/sentido e propósito para a vida/saúde”, a constituição dos quadros que comporão o grupo ainda está em aberto, embora já exista um núcleo duro de docentes/pesquisadores que levará o projeto adiante. Boa parte desse núcleo é formada por quadros do InterPsi e do LabPsiRel, laboratórios do IP-USP cujas atividades e pesquisas ensejaram a proposição deste projeto, conforme mencionado anteriormente no item 2 (Justificativa). Os demais são pesquisadores de outras unidades da USP e de outras universidades, todos com destaque no cenário científico nacional.

4a. Membros permanentes do Grupo

Docentes da USP

  • Wellington Zangari (Instituto de Psicologia)
  • Paulo Hilário Nascimento Saldiva (Patologia/FMUSP)
  • Fatima Regina Machado (Docente Colaboradora/Instituto de Psicologia) Geraldo José de Paiva (Instituto de Psicologia)
  • Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (Instituto de Psicologia)
  • Camila Mendonça Torres (Docente Colaboradora/Instituto de Psicologia) Esdras Guerreiro Vasconcellos (Instituto de Psicologia)
  • Francisco Lotuffo Neto (Instituto de Psicologia) Gildo Magalhães dos Santos Filho (História/FFLCH)
  • José Francisco Miguel Henriques Bairrão (Depto. de Psicologia/USP-Ribeirão) José Guilherme Cantor Magnani (Antropologia/FFLCH)
  • Leonardo Breno Martins (Docente Colaborador/Instituto de Psicologia) Marco Dimas Gubitoso (Instituto de Matemática e Estatística)
  • Ronilda Iyakemi Ribeiro (Instituto de Psicologia/UNIP)

Pesquisadores da USP

4b. Colaboradores

  • Adriano Furtado Holanda (Psicologia/UFPR)
  • Alexander Moreira-Almeida (Psiquiatria/UFJF)
  • José Paulo Giovanetti (Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus)
  • Kevin Lee Ladd (Psicologia da Religião/Universidade de Virgínia – South Bend)
  • Marta Helena de Freitas (Psicologia/Universidade Católica de Brasília)
  • Mary Rute Gomes Esperandio (Teologia/PUC-PR)
  • Nelson da Silva Jr. (Instituto de Psicologia/USP)
  • Tommy Akira Goto (Ciências da Religião/UFU)
  • Silas Guerriero (Ciência da Religião/PUC-SP)

5.   Plano de Trabalho

Para cumprir seus objetivos, é crucial para o Grupo de Estudos “Ci.CRESS” o contato com docentes/pesquisadores da USP e de outras universidades/centros universitários, que lidam com a questão dos sistemas de crenças, sentido de vida e saúde. O grupo organizará atividades de discussão interdisciplinar convocando tais docentes para, então, convidá-los à participação mais próxima no grupo de estudos.

As atividades consistirão em:

  • Reuniões mensais do Grupo, com o objetivo de discutir os avanços das atividades e para receber a participação de colegas das várias Unidades da USP, que se espera ser crescente ao longo da existência do grupo. Nessas reuniões serão gestadas ideias e estratégias para a constituição do Centro Interunidades Ciência, Crença, Sentido & Saúde na USP, além de ser discutida a necessidade e exequibilidade de uma pós-graduação na área.
  • Seminários temáticos semestrais constituídos por um conjunto de conferências mensais de temática comum que contarão com a participação dos membros e colaboradores do grupo como conferencistas/debatedores. Além de cumprirem a finalidade de aproximar esses colegas, as conferências terão como objetivo construir conhecimento coletivo a ser efetivamente publicado como resultado das atividades do grupo de estudos. Os Seminários terão objetivos diferentes a cada semestre, de modo a encaminhar logicamente os trabalhos do grupo de estudos e seus objetivos, buscando, primeiro reconhecer o campo e o que já é conhecido (“O que já sabemos?), passando pelo que ainda é objeto de pesquisa e debate (“O que é premente que saibamos?”), para então pensar nas ações futuras em termos das necessidades de ação (“O que temos que fazer?”) e do modo de agir (“Como vamos agir?”).
  •  Simpósios USP “Ciência, Crença, Sentido & Saúde”, que serão realizados ao final do primeiro e do segundo ano de atividade do Grupo, visando catalisar as temáticas discutidas ao longo daquele período.

6.   Colaboração para publicação e material de divulgação

Como resultado do fechamento de suas atividades, após seus dois anos de atividades, o Grupo organizará um dossiê composto de artigos que expressem o desenvolvimento das discussões e encaminhamentos realizados a ser publicado na Revista Estudos Avançados do IEA. Além disso, o Grupo criará um canal no qual serão divulgados seus eventos e o registro em vídeo dos mesmos. Esse material também será disponibilizado para a Midiateca do IEA.

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